Onde mora a felicidade?

O que fazer para não adoecer?!


Onde mora a felicidade?

Dizem que podemos criar a realidade que quisermos. Então, como seria a realidade ideal? Para iniciar esse tema, essa realidade ideal que criaríamos seria pessoal ou conseguiríamos compartilhar com quem amamos. Se o cérebro vive em constante remodelagem, ele se conforma ao que cada um de nós quer da vida? mas e se nós quisermos somente a felicidade? Como vamos criar essa felicidade e compartilhar com nossos pares?

Sabemos que o desejo de felicidade nos expõe a uma certa fraqueza. Embora fomos concebidos para criar a realidade que quisermos, a maioria das pessoas não têm a capacidade de criar uma realidade feliz, infelizmente.

Com o surgimento da especialidade da psicologia positiva, a felicidade vem sendo estudada de vários ângulos e vertentes. Pesquisas sobre o assunto traz vários vieses sobre o que é felicidade. As descobertas para alguns se tornam contraditórias e rasas.

Quando se pergunta as pessoas o que as fariam felizes, estas listam somente coisas aparentemente óbvias. Dinheiro, Viagens, Casamento e Filhos. Mas o assunto não é tão simples assim. Cuidar de crianças pequenas pode ser muito estressante para mães que estão na Flor da idade e também querem se divertir. As estatísticas dizem que metade dos casamentos terminam em divórcio.

Nesse caminho de conhecimento da felicidade o entendimento equânime é que o dinheiro só compra a felicidade no que diz respeito a segurança. Por outro lado há quem considere que a pobreza é uma fonte de infelicidade, mas o dinheiro também pode ser, pois, uma vez atendida as necessidades básicas, o dinheiro extra não faz as pessoas mais felizes, na verdade, a maior responsabilidade para quem não entende nada sobre felicidade é que o medo de perder o dinheiro, muitas vezes as torna mais infelizes.

Surpreendentemente, o quadro que se enxerga é que, mesmo quando as pessoas conquistam o que querem, a maioria não fica feliz como esperava, ou seja, a felicidade é momentânea e logo em seguida correm para tentar alcançar o próximo objetivo sem se dar conta da experiência e caminho que percorreu para conseguir o que tanto queria.

"Aristóteles pensava que a verdadeira felicidade é alcançada quando se vive uma vida virtuosa e fazendo o que vale a pena fazer. Defendia que a realização do potencial humano é o objetivo humano final."

 

Esta ideia de felicidade foi desenvolvida na história por pensadores proeminentes tais como os estoicos, que destacavam o valor da autodisciplina e John Locke que defendia que a felicidade só é alcançada através da prudência.

A grande verdade que as pesquisas revelam, é que as pessoas obtêm o que desejam, mas maioria não fica feliz como esperava. Chegar ao topo da profissão, ganhar um campeonato esportivo ou fazer um milhão de reais ou dólares parecem excelentes como objetivos futuros, mas quem os realiza conta que o sonho era melhor do que a realidade.

Existe uma pesquisa com campeões de tênis que revelou que eles se sentiam menos motivados pela alegria da vitória do que pelo medo e decepção da derrota. E quantas pessoas sonham em ficar ricas e nunca mais terem que trabalhar pelo resto da vida?

Numa pesquisa, vencedores da loteria, para os quais o sonho se tornou realidade, afirmaram que, na verdade, o prêmio havia tornado suas vidas piores. Alguns deles não tinham ao menos conhecimento de finanças para lidar com o dinheiro e o perderam alguns anos depois, outros foram perseguidos por familiares pedindo ajuda, outros arriscaram na bolsa sem conhecimento e também perderam tudo.

Se nós como seres humanos não temos o conhecimento do que é sermos felizes, como poderemos prever sobre como devemos nos comportar quando essa felicidade chegar?

A tendência atual da psicologia sustenta que a felicidade nunca é permanente. Pesquisas revelam que cerca de 80 por cento dos brasileiros afirmam que são felizes, mas quando analisados individualmente, cada pessoa experimenta apenas alguns poucos momentos de felicidade, estados temporários de bem-estar que não são de forma alguma permanentes.

Muitos psicólogos e treinadores da psicologia positiva aplicada afirmam que tropeçamos todos os dias na felicidade sem saber como conquistá-la. Acreditam que se a pessoa tiver mais habilidade para criar sua realidade com pequenas estratégias, a felicidade virá e será mais constante no dia a dia.

Se quer ir de encontro a felicidade diária, a prática das habilidades se faz necessária para alcançar a realidade da felicidade duradoura: São elas,

Doar-se. Cuide dos outros e se preocupe com eles. Trabalhe em algo que ame. Estabeleça objetivos de longo prazo. Mantenha uma mente aberta e diversa. Crie resiliência emocional. Aprenda com o passado mas saiba deixá-lo no passado. Viva o presente. Planeje o futuro sem ansiedade ou medo e crie laços sociais íntimos e calorosos.

É importante também não colocar sua felicidade em recompensas externas, e jamais adiar a a felicidade para o futuro. Outro ponto que se deve salientar é jamais esperar que alguém lhe faça feliz pois estaria confundindo a felicidade com prazer momentâneo. Também não é o ideal que persiga a felicidade procurando mais e mais estímulos e se fechando a novas experiências ignorando os sinais de tensão e de conflito que por ventura possa ocorrer.

É óbvio que numa sociedade consumista como a nossa é fácil fazer o que não se deve, porque todos os itens do parágrafo anterior estão intimamente ligados ao prazer temporário e a recompensas externas e não a felicidade verdadeira e ideal que todos nós queremos alcançar.

De qualquer forma, reinvente a sua maneira de se sentir feliz com os pequenos detalhes que você têm disponível e seja feliz.

Simples Assim.

 

 

Publicado por Tania Sanches(ela/dela) Facilitadora da Inteligência Positiva| PPA | Palestrante | Ativista Pauta Racial 

 

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