- Publicado em
- 28/12/2023
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O uso mais frequente do banco e do varejo online durante a pandemia também elevou os golpes digitais. O volume de tentativas de ataque de phishing bancário – envio de links ou arquivos falsos por e-mail para capturar dados da vítima – aumentou 80% desde o início de março no Brasil, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Os golpes usando falsas centrais de atendimento aumentaram 70% e os de fraudadores que se fazem passar por portadores de bancos cresceram 65% no período.
De acordo com a Febraban, 70% das tentativas de fraude aplicam técnicas de engenharia social para induzir as pessoas a fornecerem suas senhas e outros dados sensíveis.
“O fraudador se vale da desestabilização emocional, tira a vítima da zona de conforto e a induz a realizar estas ações”, afirma Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Os temas mais comuns das tentativas de golpes incluem envios de boletos falsos ou alertas de dívidas pendentes simulando empresas de serviços, TV paga e bancos. Outra estratégia é oferecer descontos, promoções e premiações.
A Black Friday é um período preocupante para as instituições financeiras. “A preocupação do brasileiro em fornecer dados on-line é muito baixa”, alerta Volpini.
Entre os meios mais usados para aplicar golpes estão mensagens de texto e voz pelo WhatsApp, centrais falsas de atendimento telefônico, retirada de cartão por um fraudador que se faz passar pelo banco ou pela administradora de cartões, e a troca do cartão da vítima no momento da compra.
A Febraban também ressalta envio de golpes por links patrocinados em buscas on-line e perfis sociais falsos.
Globalmente, as tentativas de golpes relacionadas à covid-19 quadruplicaram durante a pandemia, com uma média diária de mais de 3 mil denúncias de tentativas de fraude, informa o FBI.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.