- Publicado em
- 28/12/2023
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Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, discute o benefício da nova modalidade de ensino e como o machine learning pode auxiliar no aprendizado.
O ensino presencial com algumas aulas online passou a integrar o currículo de diversas instituições, principalmente do ensino superior. Hoje, essa modalidade faz parte do que é chamado de “ensino híbrido”.
Esse é o modelo em que a SuperGeeks, uma escola de programação e robótica para crianças, aposta. Marco Giroto, fundador da escola, esteve na EdTech Conference 2019 da StartSe para apresentar os pontos positivos e negativos da modalidade de ensino.
“Nós sabemos que tanto o ensino online e o presencial possuem suas fortalezas e fraquezas. Estamos testando um modelo híbrido em uma escola americana e em uma brasileira que está funcionando bem”, comentou Giroto.
Para o fundador da SuperGeeks, uma das fortalezas do ensino offline é a oportunidade de os alunos interagirem com os próprios colegas e professores. “Quando o aluno está na sala de aula, ele está focado no que está aprendendo, ou pelo menos deveria. Já no online, existe a disputa de atenção com o Minecraft, Youtube e outras mídias”, afirma.
No entanto, o ensino online gera algo muito difícil de ser captado de forma presencial: os dados. “No ensino online, eu consigo saber o comportamento de tela de cada usuário. Eu sei, por exemplo, que ele estudou em full screen ou se diminuiu a tela e ficou trocando de aba. Estamos construindo uma inteligência de machine learning para saber quantos segundos o aluno leu uma página, se grifou um parágrafo ou não, para transformar isso em aprendizado”, contou o fundador da SuperGeeks.
É por isso que o ensino híbrido se mostrou ser a melhor opção para a SuperGeeks. Hoje, os alunos aprendem a criar os próprios jogos com vídeo aulas, quizz e animações. Mesmo nas modalidades em que eles aprendem pelo computador, os professores estão ali para prestar assistência.
Dessa forma, ao entender onde o aluno passou mais tempo estudando, os professores podem compreender quais são suas maiores dificuldades ou interesses. Esses dados são posteriormente transformados em gráficos e ficam disponíveis em um dashboard para professores, alunos e diretores.
Além da geração de dados, o ensino online contribui para que o aluno assista a aula quando quiser, trazendo mais autonomia. Ele também pode retornar o conteúdo, podendo assistir novamente sem perder nenhum momento da aula.
O papel do machine learning
O ensino híbrido pode ser, ainda, muito apoiado pelo machine learning. A modalidade de inteligência artificial é uma aposta da SuperGeeks inclusive para predizer o comportamento dos alunos.
“Dependendo da quantidade de aulas que o aluno já fez, eu sei se ele irá passar de ano ou não e qual será a performance dele ali na frente”, comentou Giroto. A iniciativa pode ajudar inclusive nas avaliações automáticas, que podem alertar pais e professores quando o desempenho de um aluno começa a mudar.