- Publicado em
- 28/12/2023
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O maior festival de arte e tecnologia da América Latina convida você a interagir e se divertir com as 360 obras da mostra. Tudo de graça!
Bolhas de sabão surgindo de grandes buzinas. Um tapete de sensores que cria música com o toque. Uma nuvem brilhante que respira. Um vaso que só quer mostrar seu lado perfeito aos observadores. Desconhecidos que ganham um momento mágico por meio de chamadas de vídeo. Essas e muitas outras experiências aguardam o público na 18ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), que estreou no dia 18 de julho no Centro Cultural Fiesp.
Considerado o mais importante evento de arte eletrônica da América Latina, o FILE traça um panorama do que vem sendo experimentado e descoberto a partir da interação e da conexão entre dois mundos distintos: a arte e a tecnologia. Sob o tema "O Borbulhar de Universos", a exposição reúne 360 trabalhos – instalações interativas, jogos eletrônicos, animações, gifs, videoartes, sonoridades eletrônicas, projeções e outras tantas inovações –, produzidos por 339 artistas estrangeiros e 18 brasileiros.
A programação gratuita fica em cartaz de 18 de julho a 3 de setembro em diversos espaços do Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista.
Para o presidente da Fiesp e do Sesi-SP, Paulo Skaf, “o Sesi tem em seu DNA a missão de apoiar iniciativas inovadoras. É o caso do FILE, que reúne diferentes manifestações culturais do Brasil e do mundo em diversas linguagens. O Centro Cultural Fiesp oferece tudo isso de graça para o público”.
As obras selecionadas pelos fundadores e curadores do FILE, Paula Perissionotto e Ricardo Barreto, convidam os visitantes a experimentar novos e antigos conceitos, não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos, e a refletir sobre eles. Ao explicarem o conceito que pontua esta edição, Paula e Ricardo assinalam que “a proliferação de mundos e tendências nos arrebata numa pluralidade indeterminada. Tudo e todos estão inflando-se como numa gigante vermelha prestes a explodir. O Universo, outrora imenso e sem-fim, torna-se pequeno diante do multiverso. Vivemos a época do borbulhar de universos”.
DESTAQUES
Logo na entrada da Galeria de Arte, o visitante se depara com a obra Black Hole Horizon, do alemão Thom Kubli. Neste trabalho, enormes bolhas de sabão emergem no ambiente, infladas pelo som de buzinas, e se espalham pela sala. Que tipo de relações existem entre o ar oscilante, buracos negros e bolhas de sabão? Qual é o impacto que a gravidade tem na consciência coletiva? Onde o espetáculo e a contemplação se encontram? Black Hole Horizon é uma meditação em forma de máquina espetacular, que transforma o som em objetos tridimensionais e mantém o espaço em constante transformação.
A obra vivencial Physical Mind é a tentativa do artista holandêsTeun Vonk de deixar os participantes e os observadores experimentarem a relação entre o físico e o mental de nova maneira. Uma pessoa é convidada a se deitar entre dois objetos infláveis, é erguida e comprimida suavemente entre as curvas dos dois objetos. A obra explora a dualidade entre a sensação de estresse gerada pela instabilidade inicial, em contraponto com o acolhimento provocado pelo contato com os infláveis.
Trabalhos de realidade virtual, com presença permanente e precursora no FILE, certamente terão seu espaço na mostra deste ano. Um deles, Dear Angelica, do premiado Oculus Story Studio (Estados Unidos), conduz a uma viagem mágica pelas lembranças de situações e entes queridos. Nesses cenários pintados a mão, as memórias se desenrolam em 360 graus. A história curta e imersiva é estrelada por Feena Davis e Mae Whitman.
O festival também se estende para o Espaço de Exposições, de 18 a 30 de julho de 2017, onde o destaque é um grande tapete musical coletivo. Na instalação The Flooor, dos suecos Håkan Lidbo & Max Björverud, ao ficar de pé ou dançar sobre os 36 sensores que compõem o tapete colorido, os participantes podem produzir até 68 milhões de combinações de sons diferentes e fazer sua própria música, que será transmitida por alto-falantes espalhados pela sala. Se não houver ninguém nas seis zonas do piso, os loops sonoros serão aleatoriamente reorganizados e a brincadeira recomeça.
No mesmo espaço também são apresentadas as mostras de videoarte, mídia-arte e hipersônica, além de parte da programação de animação e games.
O Espaço de Exposições abriga, na primeira semana do evento, de 18 a 21 de julho, várias oficinas gratuitas abertas ao público, que abordam o uso criativo de diferentes tecnologias no FILE Workshop. As inscrições para os workshops e palestras podem ser feitas pelo site www.file.org.br.
A Galeria de Arte Digital (grande plataforma de LED instalada na fachada do prédio) mais uma vez faz parte do Festival e tem uma programação especial para iluminar as noites paulistanas, com obras ao alcance de todos os olhares. O FILE LED SHOW 2017: Diálogos Possíveis apresenta 18 obras divididas em três mostras: Cinema Algoritmo, Projeto Faces e uma ação colaborativa com a Universidade de Nova York Abu Dhabi, desenvolvida especialmente para esta edição.
FILE São Paulo 2017
Local: vários espaços do Centro Cultural Fiesp (Avenida Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)
Período: 18 de julho a 3 de setembro de 2017 *Programação no Espaço de Exposições: de 18 a 30 de julho de 2017 Horários: diariamente, das 10h às 20h (entrada permitida até 19h40)
Classificação indicativa: livre para todos os públicos. Grátis.