Conta de luz pode ficar mais cara

Há quem poderá pagar ainda mais: é seu caso?


Conta de luz pode ficar mais cara

Sua conta de luz poderá ficar de 8% a 9% mais cara, em média, pelos próximos oito anos, em uma estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento que poderá impactar o bolso do brasileiro se refere a uma indenização que deve ser paga às transmissoras de energia, de valor total de R$ 65 bilhões.

O aumento deve ser ainda maior para moradores de algumas regiões do Brasil; de acordo com matéria do G1, consumidores que moram em áreas distantes das usinas e onde há maior consumo de energia, como em parte do Sudeste, sofrerão maior impacto.

 

Apesar de a notícia trazer certa apreensão, a própria Aneel destaca que não é correto afirmar que, de fato, a conta vai aumentar. Isso porque a transmissão de energia é só um dos itens que compõem a tarifa. “Outros custos podem atuar para atenuar ou aumentar esse impacto”, destacou a Agência, em nota enviada ao Vix.

Nem mesmo o índice está definido, já que o assunto ainda está sendo debatido em audiência pública.

Fato é que, dos R$ 65 bilhões, R$ 35 bilhões são por conta do atraso no pagamento às empresas que, agora, será feito pelos consumidores.

 

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Conta de luz: estimativa de aumento

   

Os consumidores pagarão uma conta, literalmente, do passado: isto porque os R$ 65 bilhões devidos às concessionárias de luz são um pagamento feito por elas terem investido nas linhas de transmissão antes de 2000. O saldo deveria ter sido pago a partir de 2013, mas, na época, o Governo não repassou esses custos na tarifa. À época, inclusive, houve barateamento da conta no setor.

A previsão é que o reajuste chegue ao bolso do brasileiro nos próximos oito anos, tempo estimado para que se conclua o pagamento.

  Quem pagará mais caro

 

Nem todos sofrerão o impacto da mesma maneira. Consumidores que vivem em regiões próximas a usinas hidrelétricas, como no Norte, e com menos gasto de energia devem sentir menos reflexos; já os moradores do Sudeste tendem a sentir impacto maior.

Vale lembrar que cada estado tem uma tarifa em vigor, calculada com base em fatores como número de consumidores, quilômetros da rede de distribuição e o custo da energia comprada pelas distribuidoras.

Análises

Apesar da previsão, a Aneel defende que não é correto afirmar categoricamente que a energia elétrica vai ficar mais cara. Isto porque a composição da conta de luz leva em conta outros fatores, além da transmissão: custo da energia gerada, encargos setoriais, distribuição.

Ao G1, entretanto, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) ponderou que o aumento acontecerá, sim, já em 2017, com um valor de 9,2%, em média.

O presidente da associação, Nelson Leite, afirmou à reportagem que, sem a indenização, haveria até queda do valor da tarifa, mas, com ela, “com certeza os reajustes serão positivos”.

Contraponto

A consultoria Thymos Energia, procurada pelo G1, também concluiu que o panorama poderá mudar ao longo de 2017.

Para a empresa, as concessionárias que reajustarem a tarifa nestes primeiros seis meses poderão até ter redução média de 2,5% repassada ao consumidor.

A previsão ainda é melhor para o Sudeste: as distribuidoras desta região, ainda segundo a consultora, terão redução de 8,75%. A conta só vai aumentar, segundo a Thymos, no segundo semestre.

Fique de olho!

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