- Publicado em
- 28/12/2023
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Eles são cada vez mais valiosos para as empresas. Afinal, são capazes de grandes melhorias ao propor inovações em patamares totalmente diferentes
A palavra disrupção tem sido amplamente utilizada nas conversas sobre inovação dentro das empresas. O termo significa uma revolução por meio de um produto ou serviço, que desestabiliza os concorrentes por ser mais simples, barato, eficiente ou abrangente. Com a crise, executivos que não se reciclam e não estão conectados com as tendências mundiais, estão fadados ao insucesso tanto quanto as empresas que adotam comportamento semelhante. “Assim, o profissional disruptivo é aquele que, a exemplo das empresas, é capaz de desestabilizar ao propor inovações em patamares totalmente diferentes”, explica Marina Rejman é CEO da Sala de Cultura, espaço dedicado à educação executiva.
Segundo Marina, o mindset (configuração da mente) desses profissionais disruptivos, sejam eles executivos ou empreendedores, está direcionado aos benefícios que seus produtos ou serviços podem oferecer a clientes. “Ou mesmo a mercados não atendidos por suas empresas, possibilitando que vejam de que outras formas podem entregar valores maiores a preços menores, por exemplo”, diz a executiva. Os profissionais disruptivos também são conhecidos por questionar o modelo de negócio da companhia onde atuam e criam novas referências, servindo de inspiração para todos os colaboradores e o mercado. O Uber e o Airbnb são alguns exemplos de negócio disrutivos criados por mentes disruptivas.
E isso não está relacionado apenas a jovens profissionais. Segundo Mariana, muitos executivos seniores já perceberam a grande transformação que o mercado e o ambiente de trabalho estão passando. Eles sabem que reinventar seus negócios é uma questão de sobrevivência. “Deixar tudo como está é o primeiro passo rumo ao desaparecimento. Inclusive, estar aberto ao novo sem preconceitos é uma das principais características do profissional disruptivo”, destaca a especialista.
Eles são questionadores na essência e tem sempre uma visão de que é possível realizar as mesmas coisas de uma forma diferente. “Sempre pensam em entregar mais valor ou um ‘novo valor’", diz. Além disso, têm coragem de desafiar a gestão atual, buscando novos modelos de negócios. São profissionais integradores, capazes de permear os diferentes escalões da empresa, em busca das pessoas com as competências que precisa para compor os times para suas ideias. Eles sabem que boas ideias podem vir de qualquer lugar, mesmo dos mais inusitados. Fazem isso dentro e fora da empresa.
E ainda que tenham agendas apertadas, estão sempre dispostos a aprender. Aprendem com tudo e todos. Leem muito, desde jornais, revistas, newsletters. Participam de grupos de negócios, palestras e eventos diversos. “Circulam. Interagem. Trocam experiências. Encontram o tempo que nós dizemos que não temos”, afirma Mariana, da Sala de Cultura. Eles também fazem cursos de temas variados, dando prioridade aos voltados às estratégias de inovação, tendências e futurismo. Sabem que é impossível saber tudo e, mesmo tendo uma trajetória de sucesso e muitos anos de experiência, dão atenção aos jovens, ouvindo a geração Y, ao invés de rotular.
“Portanto, se você deseja se tornar um profissional disruptivo é muito importante que você queira se abrir para estas novas posturas”, destaca a especialista. O mundo está em constante mudança, em evolução, com novos desafios. “Muitas empresas ainda são bastante conservadoras, resistentes a mudanças. Cabe ao profissional disruptivo evidenciar esses conceitos e, principalmente, o que pode ocorrer se houver uma postura de estagnação”, explica.
Fonte:http://www.sm.com.br/detalhe/gestao