- Publicado em
- 28/12/2023
Carregando...
O cearense Ítalo Alves, de 23 anos, foi o único brasileiro aprovado na Schwarzman Scholars, um programa de mestrado na Universidade de Tsinghua, na China, criado por Stephen Schwarzman, um dos fundadores do Grupo Blackstone, empresa americana de private equity. Ele concorreu a uma das 111 vagas com 3 000 candidatos do mundo todo e vai dividir os estudos, que começam no segundo semestre, com bolsistas de 32 países. O objetivo do programa é formar lideranças globais. Como começou sua trajetória de carreira? Foi aos 17 anos, quando eu morava em Fortaleza e fundei a ONG React & Change, para ajudar jovens LGBT de baixa renda de todo o mundo a lidar com o bullying e combater a desigualdade de gênero. Tive uma oportunidade de fazer faculdade nos Estados Unidos, via bolsa de estudos, e, em Nova York, comecei a trabalhar como consultor na Deloitte. O processo seletivo para o mestrado foi intenso? Sim. Primeiro, escrevi um texto e fiz um vídeo de apresentação contando quem eu era. Levei três meses para preparar esse material que falava sobre a minha experiência com a causa LGBT no Brasil, minha curiosidade sobre a China e minhas percepções em relação à economia brasileira. Na segunda etapa, participei de uma série de entrevistas e painéis com jornalistas, presidentes de empresas e diplomatas. O comunicado da aprovação veio em um e-mail. Nem acreditei e fiquei muito feliz! Como será o ano de estudos? Em um primeiro momento, vamos viajar durante 11 dias por diferentes cidades da China para conhecer bem a cultura local e interagir com líderes políticos e empresários. O primeiro semestre será de aulas. No segundo semestre, tenho duas opções: estagiar em ma companhia chinesa ou me inscrever para fazer um projeto de análise de políticas públicas. Esta matéria foi publicada originalmente na edição 211 da revista Você S/A com o título "Um brasileiro na China"