- Publicado em
- 28/12/2023
Carregando...
O mundo da tecnologia tem vários exemplos daquilo que, em economês, se chama “efeito de rede”. É um fenômeno que ocorre com produtos ou serviços que se tornam mais valiosos conforme ganham novos usuários. Pense no exemplo do telefone: quanto mais gente tem o aparelho, mais vale a pena comprar um. Softwares como o Word e o Excel também se beneficiaram disso para atingir a supremacia: as pessoas queriam produzir documentos em formatos que todos pudessem acessar depois. O Facebook e o Google são outros casos. O resultado é que, após uma empresa se tornar líder em um segmento sujeito ao efeito de rede, mais líder ela tende a ser.
A teoria está se provando verdadeira para os classificados online. Um ano atrás, a OLX e o Bom Negócio, que dividiam esse mercado no Brasil, se fundiram – agora, existe apenas a OLX. Os controladores desses sites (a sul-africana Naspers e a norueguesa Schibsted) estão juntando os trapos em diversos países, como Índia, Tailândia e Bangladesh. Justamente por acreditarem no efeito de rede. “Quando uma pessoa quer vender algo na internet, vai ao site que tem mais anúncios. Quando quer comprar, também”, diz Andries Oudshoorn, CEO da OLX no Brasil.
Os resultados começam a aparecer. Entre março e novembro, o número de anúncios na OLX cresceu 62% no país, chegando a 13 milhões. Lembra-se das propagandas do Bom Negócio que diziam que “a cada um minuto, quatro coisas vendem”? Hoje, na empresa combinada, 25 coisas são vendidas por minuto. (Outra vantagem: com o fim da batalha publicitária na TV, as duas marcas economizaram R$ 330 milhões em anúncios, somente entre janeiro e setembro.) O mercado global de classificados online, de acordo com o Morgan Stanley, fatura em torno de US$ 100 bilhões ao ano.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/