- Publicado em
- 28/12/2023
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HACKATRUCK CONTA COM CURSO EAD E PRESENCIAL PARA ESTIMULAR ESTUDANTES A DESENVOLVEREM APLICATIVOS.
A cada quatro alunos que ingressam no curso de ciência da computação, apenas um recebe o diploma. Segundo pesquisa realizada pelo sindicato das entidades mantenedoras de estabelecimentos de ensino superior no estado de são paulo (semesp), os cursos na área de tecnologia da informação são os que têm maior taxa de desistência de estudantes. Frente a esses dados, surge o hackatruck, com o intuito de diminuir o índice de evasão dos cursos de ti a partir de novas experiências tecnológicas.
AULAS EAD
A primeira etapa do curso consiste em aulas de ensino a distância (EAD). Nelas, o aluno revisa conteúdos necessários para a criação de aplicativos, tais como: conceitos e fundamentos de lógica de programação, orientação a objetos e terá uma introdução à linguagem swift. Segundo Luis Rogério Almeida, gerente de projetos do Instituto de Pesquisas Eldorado, realizador do Hackatruck, essa etapa serve como uma classificatória para participar dos desafios presenciais. No curso EAD, realizado pela internet, o estudante é quem determina qual o melhor horário para fazer as atividades.
SELEÇÃO
Concluído o processo EAD, o aluno deve elaborar um vídeo de, no máximo, três minutos falando, principalmente, sobre sua experiência no desenvolvimento de aplicativos e/ou em alguma área diferente de TI, bem como sua expectativa em participar do Hackatruck. O vídeo deverá ser disponibilizado de forma pública no YouTube e, em seguida, será avaliado por uma comissão, cujos critérios incluem descrição de experiência, demonstração de atitude e interesse pela área de TI, criatividade e clareza de expressão e articulação.
DESAFIO E SOLUÇÃO CRIADOS PELO ALUNO
A metodologia na etapa presencial é um dos diferenciais do Hackatruck, pois a aprendizagem é baseada no desafio. Os alunos criam grupos e propõem um desafio para o qual queiram encontrar a solução. O executivo da IBM responsável pelo projeto, Claudio Schlesinger, acredita que dessa forma os alunos se envolvem do início ao fim. “Eles podem criar qualquer coisa que quiserem. Teve um grupo que queria que os surdos pudessem escutar música, então desenvolveram um aplicativo em que, ao apertar os botões, a pessoa sentia a música”, conta.
ALUNOS COMO CENTRO DO PROCESSO
Durante todo o projeto os alunos são os protagonistas, e os professores do Instituto de Pesquisas Eldorado atuam como facilitadores, tirando as dúvidas dos estudantes. “Os professores selecionados tem toda capacitação necessária e estão aptos para trabalharem com essa metodologia. Quanto melhor for o professor, menos ele irá aparecer no resultado final dos alunos”, diz Almeida.
QUEM PODE PARTICIPAR
Não é preciso estar numa graduação na área de Tecnologia da Informação e Comunicação para participar do Hackatruck, mas é preciso ter amplo conhecimento na área para poder passar na seleção. O aluno que for participar do projeto também não precisa levar nenhum tipo de equipamento para o curso presencial, pois todos os recursos necessários são disponibilizados pelo projeto.
ITINERÂNCIA POSSIBILITA MAIS ALUNOS
A mobilidade proporcionada pelo caminhão, além de diminuir os custos do projeto, possibilita que alunos das mais diferentes localidades possam participar do Hackatruck. “Com o caminhão a gente consegue levar tecnologia de ponta pelo Brasil inteiro e ainda deixar os alunos com um gostinho de quero mais”, brinca Almeida.
VISIBILIDADE AOS ALUNOS
O projeto é patrocinado pela IBM Brasil e Flex, com execução do Instituto de Pesquisas Eldorado em colaboração com a Apple. O contato dos alunos com empresas nas quais, futuramente, podem vir a trabalhar faz com que, além de terem uma oportunidade de conhecer novas tecnologias, mostrem suas habilidades para profissionais do mercado.
PERFIL PROFISSIONAL
Para quem trabalha na área de tecnologia da informação, o principal desafio, segundo Almeida, é estar sempre aprendendo, pois as coisas ficam obsoletas muito rapidamente. Já o perfil profissional requer, entre outras coisas, conhecimento de lógica e matemática, “querer aprender, ser indagador, curioso, não se conformar com a realidade e tentar sempre pesquisar sobre coisas diferentes”, completa Schlesinger.
CERTIFICADO
Ao final do projeto, os alunos podem ganhar um certificado de conclusão do curso. Para a etapa EAD é preciso atingir um aproveitamento final maior ou igual a 70%, enquanto no curso presencial os alunos devem ter frequência igual ou superior a 75%. Os cerificados podem ser usados pelos alunos como horas complementares para a graduação.
Fonte: http://www.msn.com/