- Publicado em
- 28/12/2023
Carregando...
Se você acha que a maioria das reuniões de trabalho é improdutiva ou desnecessária, console-se, pois não está só: pesquisa da desenvolvedora de software de gestão Clarizen revela que 46% dos trabalhadores americanos prefeririam não participar de reuniões de trabalho, mesmo que fosse para fazer outra atividade chata ou desinteressante. Essa rejeição a reuniões se deve, em grande parte, ao comportamento de alguns participantes, conforme definição de Molly Owens, presidente da consultoria californiana Truity, especializada em desenvolvimento de carreiras. Ela os batizou de “matadores de ideias”, os “conversinhas” e os “repete, repete, repete”.
Já os conversinhas não resistem em puxar papo com quem está a seu lado, mesmo durante uma apresentação, fazendo comentários ou piadinhas que atrapalham a concentração do ouvinte e nada acrescentam ao que está em discussão. Para evitar esses desvios, a empresa deve estabelecer uma agenda de reunião detalhada, na qual cada item da pauta tenha seu tempo determinado e todos os participantes recebam a oportunidade de falar. Assim, quando o conversinha começar a interferir, ele deve ser interrompido e alertado para aguardar sua vez de se manifestar. Isso o incentivará a poupar ideias para expô-las na hora certa – e de forma mais séria, pois todos estarão de olho nele.Os matadores de ideias geralmente adoram ser o centro das atenções em uma reunião, principalmente se houver muitos participantes. Limitam-se, porém, a destacar apenas os aspectos negativos das propostas (dos outros), sem fornecer alternativas ou trazer ideias novas, o que seria o comportamento produtivo para obter bons resultados. Para transformar matadores em criadores, a consultora sugere estabelecer a regra de que, antes de ressaltar aspectos negativos, o participante deve destacar dois ângulos positivos da proposta em debate.
Os repete, repete, repete, como a própria definição indica, são os participantes que, embora inteligentes e criativos, muitas vezes sentem compulsão a que os colegas adotem suas ideias e não hesitam em martelá-las, com mínimas variações, ao longo da reunião, mesmo que todos já tenham captado sua essência. Essa redundância tediosa, porém, acaba prejudicando o fluxo criativo do debate. Por isso, em reuniões de brainstorm, por exemplo, a consultora sugere escrever as ideias surgidas em um quadro na sala, o que desestimularia os repetidores a insistirem na proposta, já devidamente registrada aos olhos de todos.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/